A Polícia Federal anunciou ter
encontrado DNA do ex-sargento do Exército Ademir Luis Rondon dentro de um dos veículos
usados no mega-assalto ocorrido na madrugada do dia 30 de agosto em Araçatuba. Rondon
é acusado de ser um dos líderes que comandaram a ação. Ele está preso desde o
final de outubro, depois de ser capturado pela Polícia Civil, suspeito de
comandar um outro roubo, contra um carro-forte em São Carlos (SP).
Segundo a Polícia Civil, Rondon é
apontado como um dos principais especialistas em detonadores dos grupos envolvidos
em assaltos aos moldes do "novo cangaço", quando dezenas de assaltantes
com fuzis e explosivos invadem municípios de pequeno e médio porte, cercam
delegacias e quarteis da Polícia Militar e atacam agências bancárias.
As investigações feitas até agora
indicam que o acusado usa táticas militares para assaltar veículos blindados. "A
identificação dele como uma das lideranças no roubo de Araçatuba não chega a
ser uma surpresa. Estamos falando de um ex-militar que trabalha na implantação
dos explosivos, já conhecido por atuar nesse tipo de roubo. É um cara
extremamente importante para a quadrilha", afirmou Pedro Ivo Corrêa dos
Santos, da 5ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Banco.
As investigações apontaram,
ainda, que o ex-militar era o responsável por um veículo com mais de 50 quilos
de explosivos, detonadores, extintores, maçarico e até gerador de energia
—equipamentos necessários para explodir a agência e cometer o roubo.
Ainda de acordo com
investigações, Rondon possui ligações com Arnon Afonso da Silva Vieira, que
figura na lista dos assaltantes mais perigosos do país. Preso desde outubro de
2020, Vieira é apontado como o "homem-bomba" nessas ações, por ser o
responsável pela aquisição e distribuição de explosivos.