O Estado de São Paulo deverá arrecadar cerca de R$ 2 bilhões por ano com a operação de um sistema de loteria próprio. É o que aponta estudo apresentado ao Governo de São Paulo em novembro pelo consórcio SP Lotto, grupo formado pela Santa Casa de Lisboa e pela MCE Representações, que realizou estudos de viabilidade para a implantação de jogos lotéricos.
O projeto que cria a Loteria Estadual de São Paulo foi aprovado em junho deste ano pela Assembleia Legislativa do Estado e sancionado pelo governador João Doria em julho. Agora o governo estadual está definindo o modelo para lançar a concorrência que vai delegar a implantação, operação e exploração dos jogos para a iniciativa privada.
Para calcular o potencial de arrecadação anual da futura loteria paulista o consórcio SP Lotto fez uma projeção de apostas realizadas semanalmente, estimada em 1,76 milhão, o que representa 3,78% do total de habitantes em São Paulo. O consórcio projeta um crescimento da população apostadora para 7,56% do total de habitantes nos próximos 10 anos.
A implantação da loteria estadual paulista irá ocorrer após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de colocar um fim ao Decreto-Lei nº. 204/67, que garantia o monopólio da União na exploração de atividades lotéricas.
O consórcio ainda sugeriu ao Governo de São Paulo que destine os recursos provenientes da exploração dos jogos lotéricos em áreas como saúde, educação, desenvolvimento social, esporte, cultura, ciência e tecnologia.