- da Redação -
O advogado Jerônimo José dos
Santos Júnior, responsável pela defesa de Adriano Fernandes Luís da Silva, 45, que
na semana passada foi condenado pela Justiça de Guararapes a 12 de prisão pela
morte do sargento da PM aposentado Wilson de Lima de Gomes, informou que irá
pedir o cancelamento do Júri para que seja feito um novo julgamento.
“A condenação proferida (pelo Júri)
foi totalmente contrária às provas amealhadas nos autos”, resumiu o advogado.
Nessa semana, ele telefonou para o jornal O Impacto pedindo
para que fossem corrigidas algumas informações a respeito da acusação contra
Adriano da Silva.
Segundo Jerônimo José dos Santos
Júnior, foi incorreta a informação de que o seu cliente tivesse sido preso
horas depois do crime com a arma que teria feito os disparos contra o sargento
Gomes. “A arma nunca foi encontrada”, afirmou.
Ele garantiu também que a
principal testemunha do crime, que é sobrinha e afilhada de Adriano Fernandes
Luís da Silva, que tinha 22 anos à época do homicídio, teria dado à polícia
quatro versões e outros suspeitos, antes de apontar o tio como o autor dos
disparos que mataram a vítima. “Há outros possíveis suspeitos, segundo as versões
dela (sobrinha de Adriano)”, disse o advogado.
Ainda conforme ele, foi possível colher provas no aparelho celular de
Adriano Fernandes da Silva de que na hora provável do crime, o acusado estaria on-line
em uma rede social. “O Adriano não era contra o romance do policial morto com a
sua sobrinha”, garante o advogado de defesa.
O sargento PM Gomes foi morto aos 56 anos de idade com três tiros na
madrugada do dia 31 de janeiro de 2019, dentro do seu veículo, que estava
parado em um canavial, perto de um motel de Guararapes. A jovem estava do lado
de fora do carro, nua. O assassino chegou em uma moto, que ficou estacionada a
certa distância de onde estava o casal, aproximou-se com o rosto coberto e
cometeu o crime.
Depois de matar o sargento aposentado, o homicida colocou a jovem na
garupa da moto e a deixou perto do motel, onde ela pediu socorro e a PM foi
acionada. Adriano Fernandes Luís da Silva foi encontrado em sua casa, no bairro
São Judas Tadeu, logo ao amanhecer. Ele foi denunciado pela sobrinha como autor
dos disparos.
De início a jovem mentiu, dizendo que dois homens haviam cometido o
crime. “Mas depois de outras 2 versões, durante o interrogatório, ela acusou
Adriano como sendo o autor do crime”, salientou o advogado Jerônimo José dos
Santos Júnior. Ele finaliza informando que o recurso pedindo novo julgamento
já foi protocolado na Justiça.