- da Redação –
Com mais de 800 casos confirmados
de varíola dos macacos, o Brasil iniciou a negociação com a Organização Mundial
da Saúde (OMS) para adquirir vacinas contra o vírus. De acordo com o Ministério
da Saúde, as negociações estão sendo feitas de forma global com o fabricante
para ampliar o acesso ao imunizante para os países onde há casos confirmados da
doença.
Em nota, o Ministério da Saúde
publicou que está em tratativas com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)
e a OMS para aquisição de doses para a população. O ministério está trabalhando
com um quantitativo de aproximadamente 50 mil doses iniciais, a depender da
capacidade de produção da empresa.
A varíola dos macacos é
transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É
considerada uma zoonose viral, ou seja, o vírus é transmitido aos seres humanos
a partir de animais. Os sintomas são semelhantes aos da varíola chamada
smallpox, erradicada em 1980. Mesmo os sintomas sendo parecidos, eles são considerados
clinicamente menos graves.
A transmissão da doença ocorre
por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e
contato com objetos, roupas e superfícies que tenham sido utilizadas pelo
infectado.
De acordo com a OMS, o período de
incubação da varíola dos macacos é geralmente de 6 a 13 dias, podendo variar de
5 a 21 dias e a infecção pode ser dividida em dois períodos. O primeiro período
é o de invasão, que dura entre 0 a 5 dias e pode ser caracterizado por febre,
dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dores
musculares e fadiga.
No segundo período aparecem
erupções cutâneas, que geralmente começam dentro de 1 a 3 dias após o
aparecimento da febre. A erupção evolui sequencialmente de lesões com base
plana para lesões firmes levemente elevadas, lesões cheias de líquido claro,
lesões cheias de líquido amarelado e crostas que secam e caem. O número de
lesões varia. Os sintomas duram de duas a quatro semanas.
A taxa de letalidade da varíola
dos macacos variou historicamente de 0 a 11% na população em geral e tem sido
maior entre crianças pequenas. Nos últimos tempos, a taxa de letalidade tem
sido de cerca de 3% a 6%. (fonte: Brasil 61)