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Com morte de Gal Gosta, Brasil perde a doçura que havia na voz da MPB

 


- da Redação –

 

                A voz doce, que ao ouvido suavizava as tensões do cotidiano e até era capaz de levar a alma a reflexões, agora está silenciada, embora imortalizada na memória de todos aqueles que tiveram o bom gosto de ouvir Gal Costa em algum momento da vida.

                A soteropolitana Maria da Graça Costa Penna Burgos, ou apenas Gal, morreu aos 77 anos de idade na capital paulista nesta quarta-feira (9), de causas ainda não divulgadas pelo Hospital Albert Einstein, onde ela estava internada desde o final de setembro, após uma cirurgia para retirada de um nódulo na fossa nasal direita.

                Uma das maiores expoentes femininas da MPB, Gal Costa foi a voz de clássicos como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra", "Barato total" e mais dezenas de dezenas de clássicos, permitindo-se, aqui, incluir até duetos comerciais, como Um Dia de Domingo, que fez com Tim Maia.

Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ao longo dos anos 60 e 70, ela imergiu em experimentos musicais.

Dedicou-se ao suingue de Jorge Ben Jor com "Que pena (Ela já não gosta mais de mim)" e foi pelo rock com "Cinema Olympia", mais uma de Caetano. "Meu nome é Gal", de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.

Ao gravar "Pérola negra", em 1971, ajudou a revelar o então jovem compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou "Vapor barato", mostrando a força dos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.

Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza ("Brasil", 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas ("Um dia de domingo", de 1985); e Marília Mendonça ("Cuidando de longe", 2018).

Gal estava em turnê com o show "As várias pontas de uma estrela", interpretando ao seu estilo único sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. Bem recebido pelo público e pela crítica, esse show fez com que a agenda de Gal ficasse agitada após a pandemia. Além de rodar o Brasil, a artista entrou na programação de vários festivais e ainda tinha uma turnê na Europa prevista para este mês.

Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos, que inspirou o último álbum de inéditas. "A pele do futuro", de 2018, foi o 40º disco da carreira. "Está vindo a geração que salvará o planeta", disse ela quando lançou o álbum. (com informações do portal G1 Notícias)


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