São Paulo recebe menos de um décimo de Paxlovid, medicamento fornecido pelo Ministério da Saúde para tratar a doença
O estado de São Paulo recebeu
9.855 tratamentos para a Covid-19 após a decisão de incorporar, no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS), e com autorização temporária de uso emergencial,
a associação dos medicamentos nirmatrelvir e ritonavir (Paxlovid).
A quantidade solicitada pelos
municípios paulistas, em razão da crescente onda de Covid-19 que vem atingindo
as cidades, no entanto, foi 12 vezes maior que o número de medicamentos
recebidos, segundo o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de
São Paulo (COSEMS/SP).
Com isso, o Conselho afirma que
as prefeituras paulistas enfrentarão dificuldades para oferecer à população
acesso ao remédio. Em razão do número insuficiente de tratamentos, foi
necessário usar um critério epidemiológico definido pela Coordenadoria de
Controles de Doenças para a distribuição.
Segundo o critério definido, é
preciso ter taxa populacional, casos confirmados de Covid-19 a partir dos 18
anos, casos confirmados de Covid-19 acima de 65 anos e casos confirmados de Covid-19
em pacientes imunossuprimidos (que representa a indicação de dois tratamentos a
cada 10.000 habitantes ou 0,021% da população, aproximadamente). Os critérios
foram deliberados pela Comissão Intergestores Bipartite.
A condição pactuada, estre o
estado e municípios, para recebimento dos medicamentos, era preencher as
informações solicitadas em formulário eletrônico que foi disponibilizado até às
12h do dia 23 de novembro. No total, 306 municípios e 9 serviços estaduais
preencheram o formulário.
Ainda segundo o COSEMS/SP, 260
municípios solicitaram quantidade maior do que corresponde ao critério
epidemiológico e receberão menos tratamentos do que o solicitado. Os serviços
estaduais ficaram com 309 tratamentos, que corresponde 3% do total.