No final de julho, o
supertelescópio espacial internacional James Webb, criado pela Agência Espacial
Americana (Nasa), capturou detalhes em alta resolução de um par de estrelas
jovens em formação no chamado espaço profundo.
O que os astrônomos não esperavam
encontrar na imagem era um registro "escondido" de um ponto de
interrogação (veja acima), que foi descoberto depois de um olhar mais
atento para a região.
Mas o que é essa formação
curiosa?
Localizado no canto inferior ao
centro da foto, o sinal pode parecer esquisito, mas mostra na verdade algo bem
comum no nosso Universo: duas galáxias em um processo de fusão.
"Provavelmente é uma galáxia
distante, ou galáxias potencialmente interativas (suas interações podem ter
causado a forma distorcida do ponto de interrogação)”, disseram representantes
do instituto STScI, que opera o Webb, ao site "Space.com".
Uma das principais dicas
apontadas pelos astrônomos para isso é a cor do ponto de interrogação. A
tonalidade mais avermelhada indica que o objeto está bastante afastado e lembra
outras galáxias do espaço profundo detectadas no último ano pelas câmeras do
supertelescópio.
"Tudo indica que são
galáxias distantes que estão interagindo. Um par de galáxias em processo de
fusão, o que resultará em uma única galáxia mais massiva", disse ao G1 o
astrofísico Rogemar Riffel, da Universidade Federal de Santa Maria (RS).
"A cor do objeto é
semelhante à cor de outras galáxias de fundo que aparecem na imagem. Isso
indica que estão mais ou menos na mesma distância e se formaram na mesma
época."