A expectativa de fim de semana com calor recorde em todo o Brasil acendeu o alerta vermelho nas autoridades de saúde, que vêm fazendo constantes recomendações para a população evitar exposição direta ao sol nos próximos dias.
Quem fica muito tempo exposto ao
sol corre o risco de sofrer uma insolação, ou, pior ainda, o chamado ‘golpe de
calor’, que pode ser fatal. Conheça, abaixo, a diferença entre os dois males:
INSOLAÇÃO
Muito sol na região da cabeça e
do pescoço pode causar insolação. As meninges e o tecido cerebral ficam
irritados com o superaquecimento e pode ocorrer a chamada meningite asséptica,
uma inflamação das meninges que não é causada por bactérias.
Dor de cabeça é geralmente o
primeiro sintoma. A pessoa atingida fica com a cabeça quente e vermelha, o
pescoço dói, podem ocorrer cansaço, náuseas e vômitos, também tonturas. A
temperatura corporal de um paciente com insolação geralmente não é elevada, mas
baixa.
O que fazer?
Quem é afetado por insolação deve
ser imediatamente levado para um ambiente fresco e deitado de costas, para que
possa se recuperar o mais rapidamente possível. A cabeça e a parte superior do
corpo devem ficar um pouco mais elevadas.
Toalhas frias e molhadas ajudam a
resfriar áreas do corpo como o pescoço. Além disso, estando consciente, o
paciente deve beber muito líquido, para que o equilíbrio hídrico volte ao nível
normal. Segundo especialistas, a transpiração excessiva pode levar a uma perda
adicional de líquidos de até dois litros em dias muito quentes.
Até que os sintomas desapareçam,
é recomendado permanecer deitado. Importante: em casos mais graves podem ocorrer
vômitos intensos, confusão mental ou até perda de consciência. Aí um médico
deve ser consultado, também para evitar que a insolação progrida para um golpe
de calor.
GOLPE DE CALOR
O golpe de calor é bem mais
perigoso que a insolação. Ele pode ser desencadeado por exposição direta ao sol
ou por esforço físico excessivo num ambiente quente.
Devido à alta temperatura
externa, o corpo absorve mais calor do que consegue liberar. A temperatura
corporal pode subir para 41ºC em apenas 10 ou 15 minutos. Esse superaquecimento
agudo desencadeia uma resposta inflamatória em todo o corpo.
Um golpe de calor pode ser fatal.
Os sintomas possíveis incluem problemas de consciência, dores de cabeça,
tonturas e sonolência, além de convulsões, vômitos, diarreia e baixa pressão
arterial. Um golpe de calor se desenvolve entre uma e seis horas e pode acarretar
morte em menos de 24 horas, se não forem tomadas medidas.
Em idosos, portadores de doenças
crônicas e crianças, o golpe de calor geralmente ocorre devido à combinação de
altas temperaturas e grave deficiência de líquidos e eletrólitos. Em adultos
saudáveis, esforço físico excessivo, como prática esportiva ou trabalho ao ar
livre, geralmente é a causa.
O que fazer?
Aos primeiros sinais, deve-se
chamar o serviço de emergência. O corpo deve ser resfriado o mais rapidamente
possível, o paciente transferido para um local fresco e, se possível, ingerir
líquidos. Roupas supérfluas devem ser retiradas.
Se a pessoa estiver inconsciente,
mas respirando normalmente, deve ser colocada em posição lateral até a chegada
do serviço de emergência. A respiração e a consciência devem ser verificadas regularmente.
Se a respiração não é normal, é preciso iniciar medidas de reanimação.
COMO EVITAR
A melhor forma de evitar a
insolação ou o golpe de calor é óbvia: não pegar sol demais, proteger a cabeça
com um chapéu claro (cores claras repelem o calor) e beber bastante água. Em
dias muito quentes, o ideal é beber um litro de água a mais do que normalmente
se consome por dia, mesmo não estando com sede.