Uma bebê de apenas seis meses,
morta por espancamento, em São José de Piranhas, no Sertão da Paraíba, sofreu
traumatismo craniano. A informação foi apontada pelo Instituto de Polícia
Científica (IPC), que segue examinando o corpo da criança.
De acordo com o IPC, o
traumatismo craniano sofrido pela criança sugestiona um possível espancamento,
feito por meio de “objeto contuso”, que pode ser as mãos de uma pessoa, e pode
ter acontecido em choques contra a parede, piso e outras possibilidades.
A criança foi identificada como
Maria Liliane Miguel da Silva. De acordo com a UBS, a mãe do bebê chegou às
pressas na unidade, pedindo ajuda porque a vítima estaria “passando mal”. A
equipe médica constatou que a criança não apresentava sinais vitais e tentou
reanimá-la por aproximadamente 15 minutos, até a chegada do Samu.
A equipe da UBS retirou a roupa
da criança e se deparou com cicatrizes na região dorsal e glúteos, além de
escoriações na região oral e uma possível laceração anal. O bebê também
apresentava hematomas na cabeça. Os profissionais solicitaram o apoio da
Polícia Militar e o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol).
As suspeitas são a mãe e a sua
companheira, que estão presas na penitenciária de Recuperação Feminina Maria
Júlia Maranhão, em João Pessoa (PB). O laudo ainda não foi concluído. Os
peritos ainda investigam se houve abuso sexual contra a criança.
A Polícia Civil identificou a mãe
da criança como Fernanda Miguel da Silva, de 19 anos, e afirmou que ela decidiu
permanecer em silêncio durante o depoimento. De acordo com a polícia, a
companheira, Lilian Alves Romão, de 18 anos, confessou o crime, mas não disse a
motivação.