No estado de São Paulo, o número
total de bovinos registrados é de cerca de 10,16 milhões de cabeças, de acordo
com os últimos dados divulgados pelo Instituto de Economia Agrícola, em outubro
de 2022. Para prevenir esses animais da febre aftosa, uma doença infecciosa que
atinge animais como bovinos e bubalinos, o governo promoveu campanhas de
vacinação em 2023, atingindo 100% da cobertura contra a febre aftosa.
Willian Alves Correa,
médico-veterinário e representante da Defesa Agropecuária, explica que a vacina
estimula o sistema imunológico dos animais e confere a eles anticorpos para se
protegerem contra a doença.
“A vacinação é uma medida de
proteção, uma das primeiras, e que foi de grande importância para o Brasil
começar a controlar de maneira efetiva a febre aftosa e posteriormente partir
para a sua erradicação”, informa o especialista.
A última campanha de vacinação
contra febre aftosa, finalizada em novembro de 2023, contemplou cerca de 5
milhões de animais com até 24 meses de idade, segundo a Coordenadoria de Defesa
Agropecuária de São Paulo.
Correa explica que de acordo com
o Decreto nº 45.781 de 2001, aquele que deixa de aplicar a vacina em seus
animais, fica sujeito a uma multa de 5 Unidades Fiscais de São Paulo
(UFESP) por cabeça, o que hoje corresponde à cerca de R$ 171 por animal
não vacinado.
“Após isso ainda deverá vacinar
obrigatoriamente esse rebanho sob supervisão da Coordenadoria de Defesa
Agropecuária, no que é chamado de vacinação assistida. Então é muito importante
que o produtor cumpra com seus deveres”, destaca.
Neste ano, não estão previstas
novas campanhas de vacinação contra a febre aftosa em São Paulo. Em maio e
novembro, os pecuaristas deverão fazer a declaração dos rebanhos bovídeos. Além
disso, entre março e maio, a Defesa Agropecuária irá verificar a ausência de
circulação do vírus responsável pela febre aftosa.
O Brasil tem como objetivo se
tornar livre da febre aftosa até 2026. Para obter reconhecimento de zona livre
da doença, a Organização Nacional da Saúde (OMS) exige a interrupção da
vacinação por 12 meses, no mínimo.