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Santa Casa de Araçatuba adota terapia que reduz mortalidade e sequelas por AVC Isquêmico

 

Em comemoração aos seus 97 anos, completados nessa quarta-feira (20), a Santa Casa de Araçatuba oficializou o uso do Protocolo de Terapia Trombolítica em pacientes vitimados por Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) no Pronto-Socorro, unidade de urgência e emergência do hospital referenciada para os 40 municípios da região de Araçatuba.

O método, também chamado de trombólise, consiste na aplicação de medicamento trombolítico para dissolver coágulos de sangue nas artérias e restabelecer o fluxo sanguíneo cerebral em pacientes vítimas de AVCI, segunda maior causa das emergências atendidas pelo Pronto-Socorro da Santa Casa de Araçatuba.

Esse novo aliado na luta pela vida tem apresentado bons resultados em pacientes em casos confirmados de AVCI que não têm contraindicações à trombólise, encaminhados para o Pronto-Socorro da Santa Casa de Araçatuba em até quatro horas e meia após o início dos sintomas e/ou evoluções mais graves.

A oficialização do Protocolo faz parte de um projeto iniciado e implantado pelo diretor técnico do hospital, Carlos Mori, o médico emergencista Silvio Bianco, coordenador do Pronto-Socorro, Silvio Bianca e o neurologista Gabriel Flamarin Cavasana.

“Ao adotar a Terapia Trombolítica em todos os pacientes SUS que forem trazidos para o nosso Pronto-Socorro até quatro horas e meia após o início dos sintomas, a Santa Casa de Araçatuba está dando mais um passo decisivo na luta pela vida e na redução de sequelas de pacientes vitimados por AVCI”, explica Mori.

Exatamente para que todos esses pacientes possam receber a terapia dentro do prazo máximo para o uso da medicação, o coordenador do Pronto-Socorro do hospital, Silvio Bianco, realizou treinamento de equipes do SAMU, do Pronto-Socorro Municipal e do Serviço de Resgate, em relação às condutas do primeiro atendimento de pacientes em casos suspeitos ou confirmados de AVCI, e da remoção ser realizada rapidamente.

A proposta do coordenador é estender o treinamento. “Estamos à disposição das unidades de resgate que atuam nos municípios atendidos pela Santa Casa de Araçatuba para ampliar o treinamento dos profissionais para que pacientes da região possam ser removidos para nossa unidade em tempo do uso da trombólise”, informa Silvio Bianco.

O Acidente Vascular Cerebral é a segunda causa de morte no mundo e a terceira em países industrializados (a primeira são as doenças do coração e a segunda, o câncer). A elevada incidência de sequelas após o AVC gera importante impacto social e econômico e ocupação prolongada de leitos hospitalares.

 

EXEMPLOS

A dona de casa Rosângela Fernandes Rodrigues Barion é um dos casos bem-sucedidos registrados recentemente. No dia 2 de fevereiro, ela sofreu um AVCI e foi removida para o Pronto-Socorro da Santa Casa de Araçatuba. “Ela estava em estado grave. Sinceramente, eu não conseguia imaginar que minha esposa pudesse sair daquela situação”, detalha José Barion, esposo da paciente, ao falar de sua pouca expectativa quando a equipe médica disse que se tratava de um AVCI e que Rosângela passaria pela Terapia Trombolítica. “Agora ela está muito bem, nem parece que passou pelo que passou. Ela completou 50 anos dia 2 de março. Se não tivesse feito a Terapia, não acredito que tivesse conseguido”, relatou o marido, emocionado.

O caso do corretor de imóveis Verci Aparecido Guimarães, 65 anos, de Birigui, também é relatado pela família, com muita emoção. No começo da noite de 15 de fevereiro, ele passou mal e foi levado ao Pronto-Socorro Municipal de Birigui, onde foi constatado ser um caso de AVCI. A tgransferência de Verci para a Santa Casa de Araçatuba, referência regional em Neurologia e Neurocirurgia, foi autorizada pela CROSS.

“Por volta de 22h, meu irmão foi levado para Araçatuba. Ele já estava com um lado do corpo totalmente paralisado”, relembra o também corretor de imóveis Paulo Henrique Guimarães. Atendido pela equipe do médico Ronaldo Quiderolli, o paciente foi trombolisado por volta da meia-noite. “Às 2h da manhã ele já estava levantando o braço e a perna que estavam paralisados. Até hoje, a gente se emociona com esse cuidado que meu irmão recebeu e salvou sua vida”, afirma Guimarães, acrescentando que Verci voltou ao trabalho e leva uma vida normal.




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