Por 13
votos a favor, um contra e uma abstenção, a Câmara dos Vereadores de Birigui cassou
o mandato do prefeito Leandro Maffeis (Republicanos), em sessão realizada na
tarde dessa quinta-feira (4). Maffeis perdeu o mandato acusado de irregularidades
na aquisição de combustíveis para a frota municipal.
Agora afastado do cargo, Maffeis
alega que as acusações são fundamentadas em brigas políticas e a sua defesa garante
que vai recorrer da cassação.
Como o vice-prefeito Carlão
Gallindo morreu de covid-19 em 2021, o presidente da Câmara, José Luís Buchalla
(Patriota), deveria assumir. Contudo, ele renunciou ao cargo de presidente
alegando motivos pessoais e familiares.
Dessa forma, na manhã desta sexta-feira
(5), a edilidade voltou a se reunir e elegeu presidente da Casa o vereador André
Luis Moimas Grosso, também conhecido como André Fermino (PP), que foi um dos 13
parlamentares favoráveis à cassação de Maffeis. Automaticamente, ele assume a
partir de agora o comando da administração municipal, até decisão da Justiça Eleitoral.
Improbidade administrativa
Leandro Maffeis foi acusado de
omissão e negligência pelos vereadores, que alegam que o prefeito sabia das
irregularidades na compra de combustível para veículos do município. Contudo,
esses automóveis estavam parados em oficinas, o que seria uma prova de fraude.
Segundo a denúncia, até os
servidores em cargo de chefia participavam do esquema, o que dificultava a
fiscalização. Os vereadores alegam que houve aumento significativo de gastos, o
que desfalcou os cofres públicos em R$ 55 mil.
A leitura do relatório final da
CP começou em setembro do ano passado, mas uma liminar judicial suspendeu a
sessão. A Câmara recorreu e conseguiu o direito de retomar o julgamento de onde
havia parado, o que terminou com a cassação do prefeito.