O ferroviário aposentado Clóvis Marcondes de Souza, de 70 anos, foi morto com um tiro disparado por um policial militar durante uma abordagem na Zona Leste de São Paulo. Um familiar disse que a vítima estava indo comprar um remédio na farmácia, a poucos metros da sua residência.
"Ele morava no Tatuapé com a
esposa havia sete anos e sempre saía para caminhar no fim da tarde como rotina
para saúde. Estava a poucos metros de onde ele morava e é um percurso
tranquilo, super calmo, com alguns comércios. Inadmissível a PM atirar assim.
Inadmissível um policial treinado disparar durante abordagem e atingir uma
pessoa. Foi ele, mas podia ter sido qualquer um, uma criança, eu. Estamos
devastados, desolados", afirmou o familiar.
O aposentado chegou a receber
atendimento médico, mas não resistiu e morreu no local. "Meus filhos
sempre acompanhavam o avô na caminhada e podiam estar junto neste momento. Como
pode dar um tiro assim? Abordagem foi uma coisa maluca, porque os rapazes na
moto estavam indo levar documento no emprego", complementou.
Perseguição
Em entrevista à TV Globo, o
capitão Felipe Neves, porta-voz da Polícia Militar, afirmou que por volta das
16h30 uma equipe do 8º Batalhão estava em patrulhamento pela região do Tatuapé,
quando, na tentativa de abordagem a uma motocicleta conduzida por duas pessoas,
acabou ocorrendo um disparo acidental efetuado por um policial.
"Policial disse que o
disparo ocorreu de forma acidental. O policial, identificado como autor do
disparo, foi preso em flagrante e será encaminhado ao presídio militar Romão
Gomes e vai responder pela ocorrência", disse o oficial.