A vacinação é
essencial para proteger e prevenir doenças graves, como a poliomielite. A
paralisia infantil foi eliminada no Brasil em 1989, mas a baixa adesão à
campanha de vacinação aumenta o risco de reintrodução de doenças consideradas erradicadas.
Segundo o
Ministério da Saúde, a cobertura vacinal em crianças menores de um ano caiu de
89%, em 2018, para 71%, em 2021. Apesar de uma recuperação em 2023, com 84%,
ainda não alcançamos a meta de 95% da Organização Mundial da Saúde, a OMS.
Eder Gatti, do
Programa Nacional de Imunizações, destaca a importância da vacinação para
manter o Brasil livre da pólio:
"A
poliomielite é uma doença que, por muitas décadas, causou paralisia e morte em
crianças. Só que essa doença não faz mais parte do nosso cenário epidemiológico
graças à vacinação e o Brasil, desde 1989, não registra nenhum caso. Embora
tenhamos eliminado a doença, ela ainda existe no mundo e pode ser reintroduzida
no nosso país. Por isso, é muito importante que os pais levem seus filhos
menores de 5 anos para checar a caderneta e fazer a vacinação."
Além da
poliomielite, as vacinas previnem outras doenças graves como o sarampo. É
crucial que os pais mantenham a caderneta de vacinação das crianças atualizada.
No ano
passado, foi registrado um caso de poliomielite em um bebê indígena na região
de Loreto, no Peru, a 500 quilômetros de distância da fronteira com o estado do
Acre.
A poliomielite
é uma doença infectocontagiosa causada pelo poliovírus, que pode infectar
crianças e adultos. A transmissão ocorre pelo contato com fezes ou secreções de
pessoas contaminadas. Mesmo que 75% dos infectados não apresentem sintomas, a poliomielite
paralítica pode causar dificuldades de locomoção e até óbito.