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Brasil já contabiliza mais de 700 casos de mpox, a varíola dos macacos em humanos

 

                Anteriormente conhecida por varíola dos macacos, a mpox está apresentando um sistemático aumento de casos em todo o Brasil, com 709 confirmações. A maioria está concentrada no estado de São Paulo, onde já foram diagnosticados 407 pacientes com a doença neste ano. E na região de Araçatuba, há o registro de um caso.

                A mpox já é tratada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como emergência de saúde pública. A doença é caracterizada Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados (linfadenopatia), calafrios e exaustão.

As erupções na pele, que podem surgir de um a três dias após o início da febre, podem ser planas ou elevadas, cheias de líquido, e formam crostas que eventualmente caem. Elas costumam se concentrar no rosto, mãos e pés, mas podem aparecer em qualquer parte do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e ânus. O número de lesões pode variar de poucas a milhares.

A transmissão entre humanos ocorre principalmente por contato próximo e prolongado com lesões de pele, fluidos corporais ou secreções respiratórias de uma pessoa infectada. O contato direto com as lesões durante a fase infecciosa é um dos meios mais comuns de transmissão.

A mpox é causada pelo mpox vírus (MPXV), pertencente ao gênero Orthopoxvirus e à família Poxviridae. "Trata-se de uma doença zoonótica, ou seja, transmitida de animais para seres humanos. O vírus pode ser encontrado em animais como roedores e primatas, e o contato direto com esses animais ou materiais contaminados pode levar à infecção em humanos", explica o infectologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Silvio Bertini.

 

Diagnóstico, tratamento e prevenção

O diagnóstico da mpox é feito através da análise clínica dos sintomas, principalmente das erupções cutâneas características, e pode ser confirmado por meio de exames laboratoriais, como a PCR, que detecta o material genético do vírus.

O diagnóstico precoce é essencial para o controle da disseminação da doença, pois permite o isolamento adequado do paciente e a adoção de medidas preventivas eficazes.

O tratamento é sintomático, focando no alívio dos sintomas, como febre e dor, e na prevenção de complicações secundárias. Em casos graves, podem ser utilizados antivirais específicos sob orientação médica.

A prevenção da mpox inclui evitar o contato com os portadores do vírus e adotar medidas de higiene rigorosas, como a lavagem frequente das mãos. Além disso, pessoas que convivem com infectados devem utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) e evitar o contato direto com lesões ou fluidos corporais. "


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