A mãe de
Kerollyn Souza Ferreira, de 9 anos, disse à Polícia Civil que deu um sedativo
sem prescrição médica à menina horas antes de ela ser encontrada morta dentro
de um contêiner de lixo em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De
acordo com a investigação, a criança teria ingerido 1 grama de clonazepam e
risperidona.
A investigada
afirmou em depoimento que também teria ingerido clonazepam. A mulher relatou à
polícia que ela e a filha foram dormir momentos depois. A suspeita disse que
acordou por volta de 7h, viu que a menina não estava em casa, tomou mais
medicamento e voltou a dormir.
Carla Carolina
Abreu Souza, 30, está em prisão temporária desde sábado (10). Ela é suspeita de ser
responsável pela circunstância causou a morte da filha, de acordo com a Polícia
Civil.
A Defensoria
Pública do Estado (DPE-RS), que participou da audiência de custódia de Carla,
informou ao g1 que irá se manifestar nos autos do processo.
A causa da
morte de Kerollyn ainda não está esclarecida. O corpo da menina foi submetido a
necropsia, e o laudo deverá ser finalizado nos próximos dias.
"A
investigação já demonstrou que a menina sofria múltiplas violências; que era
negligenciada; que pedia comida na vizinhança e pegava alimentos daquele mesmo
contêiner onde foi encontrada; que andava mal agasalhada; estava cheia de
piolhos; e era medicada de forma inadequada pela mãe, que dizia que a menina
surtava", sustenta a Polícia Civil.
Vizinhos
relataram que mesmo sofrendo maus tratos em casa, Kerollyn parecia se sentir
responsável pelo irmão mais novo e era sempre vista levando-o e trazendo-o da
escola.
Ela também pedia doações de alimentos e roupas para a família e, as vezes, era vista dormindo em um carro abandonado em uma praça nas proximidades.