A Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou neste domingo, 1º, o retorno da
bandeira vermelha nível 2, o que implica em um aumento imediato na tarifa de
energia elétrica para os brasileiros. A medida, que não era acionada desde
2021, é uma resposta à queda significativa nos níveis dos reservatórios das
hidrelétricas do país, causados pela seca prolongada.
O sistema de
bandeiras tarifárias foi implementado pela Aneel em 2015 como uma forma de
ajustar o custo da energia de acordo com as condições de geração. As bandeiras
verde, amarela e vermelha representam, respectivamente, condições favoráveis,
intermediárias e desfavoráveis para a geração de energia.
A bandeira
vermelha nível 2, a mais alta, adiciona um custo de R$ 7,877 a cada 100
quilowatts-hora (kWh) consumidos, impactando diretamente o valor final da conta
de luz.
Desde abril de
2022, o Brasil estava sob a bandeira verde, o que significava que as condições
de geração de energia estavam favoráveis e não havia cobrança adicional. No
entanto, em julho de 2024, a bandeira amarela foi temporariamente acionada,
devido a um aumento nos custos de geração.
Agora, com a
piora das condições climáticas, a Aneel decidiu por retomar a bandeira vermelha
nível 2, em virtude da previsão de chuvas abaixo da média para setembro e uma
expectativa de que os níveis dos reservatórios caiam para 50% abaixo do
esperado.
A seca,
combinada com temperaturas acima da média, tem forçado o país a recorrer às
termelétricas, que são mais caras e menos eficientes que as hidrelétricas. Esse
cenário resulta em um aumento significativo nos custos de geração de energia,
que são repassados aos consumidores finais.