Um policial
militar de 32 anos foi preso em flagrante, na madrugada de domingo (22), por
violência doméstica contra a própria esposa, também de 32 anos, na portaria de
um condomínio residencial localizado às margens da Rodovia Arthur Boigues
Filho, conhecida também como Estrada da Amizade, em Presidente Prudente.
Conforme o
boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência
de violência doméstica. No local, a vítima estava na sala da portaria do
condomínio e “visivelmente machucada no rosto”. Do lado de fora da portaria
estava o envolvido, que se identificou como policial militar e não estava
armado.
A mulher relatou
que os dois são casados há mais de um ano e têm uma filha, de cinco meses. Os
dois estavam em uma festa de casamento e ela afirmou que chamou o marido diversas
vezes para irem embora, porém ele disse que “não queria”.
Ainda segundo
o documento policial, o envolvido ficou exaltado após a vítima dizer que iria
para o carro. Os dois entraram no veículo e deixaram o local discutindo, mas
logo o PM parou o carro, desceu e a mulher assumiu a direção, indo embora. Ele,
então, ligou para ela, que voltou para buscá-lo.
A vítima
relatou ainda que o marido entrou no carro e ela disse para ele que estava com
medo, pois já tinha sido agredida por ele em outra ocasião. A mulher estava dirigindo
o veículo e o marido começou a puxar seu cabelo, até jogá-la para fora do carro.
Ela caiu no chão e ele começou a insistir para que o casal fosse embora.
A mulher
seguiu dirigindo e discutindo com o marido até a entrada do condomínio. Ela
afirmou, em depoimento, que não queria ir para casa porque estava com medo dele,
devido ao homem ter uma arma de fogo. Além disso, a vítima informou que o
envolvido começou a dizer que iria matar a filha do casal, que estava com a mãe
dele em Martinópolis.
De acordo com
o boletim de ocorrência, na portaria do condomínio, ela disse ao marido que não
ia descer do carro, pois ele tinha uma arma em casa. O homem puxou o freio de
mão do veículo e disse que a esposa ia para a residência do casal. A mulher viu
um porteiro do condomínio e começou a buzinar “desesperada”. Ela disse que, ao
ver seu desespero, o marido começou a agredi-la dentro do carro com socos no
rosto.
A vítima
conseguiu sair do automóvel e correu em direção à portaria. Segundo ela, os
porteiros lhe acolheram e chamaram a PM. A mulher ainda ressaltou que os
funcionários da portaria “viram tudo” e câmeras de segurança devem ter
registrado as agressões.
O policial
militar foi preso em flagrante por lesão corporal e violência doméstica e
encaminhado para a Delegacia da Polícia Civil. Na unidade, ele relatou que
estavam em uma festa de casamento e “houve muito desentendimento” entre o
casal.
A mulher disse
que ia embora e eles voltaram para casa discutindo. Além disso, o envolvido
disse ainda que a mulher não queria ir para casa, pois estava com medo dele e
ele precisou “usar um pouco de força para convencer ela”.
O PM negou que
tivesse agredido a esposa e alegou que “só estava tentando levar ela para
casa”. Além disso, ele também disse que não ameaçou matar a filha do casal e
avaliou que a mulher faz tratamento com remédios controlados, que “afetam muito
a maneira como ela reage”. Por fim, o policial militar disse que “estava apenas
tentando manter as coisas sob controle” e “o problema foi agravado pela
medicação” que a mulher toma.
O delegado
responsável pelo caso arbitrou uma fiança de R$ 1,5 mil, que foi paga pelo
envolvido e ele deve responder ao caso em liberdade. Já a arma de fogo dele foi
recolhida pela Polícia Militar.