Com o objetivo
de criar um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos os seus
colaboradores, a Santa Casa de Araçatuba lançou uma cartilha educativa focada
em combater todas as formas de assédio, tanto moral quanto sexual. A iniciativa
faz parte de uma política organizacional mais ampla, destinada a promover a
cortesia e o respeito entre os profissionais de saúde.
O
administrador da Santa Casa de Araçatuba, Luiz Otávio Barbosa Viana, explicou
que a ação é “educativa e preventiva”. “A cartilha visa orientar as pessoas que
atuam dentro do hospital sobre os limites das ações que podem ser
caracterizadas como assédio, seja moral ou sexual”, afirmou.
Ele destacou
também que a campanha alerta os colaboradores sobre comportamentos inadequados
e esclarece que o hospital não tolera nenhum tipo de assédio. Segundo o
administrador, a cartilha é um guia que define claramente as condições que
caracterizam o assédio, deixando evidente que o hospital adota uma postura de
zero tolerância a essas práticas.
“A cartilha
ajuda a uniformizar e padronizar o comportamento esperado dos colaboradores.
Ela serve como uma baliza: você deve se comportar dentro dessas linhas, e
qualquer coisa fora disso pode ser caracterizada como assédio”, explicou Luiz
Otávio. “Com tantos funcionários, não conseguimos monitorar cada um
individualmente, então a cartilha oferece diretrizes claras”, acrescentou.
A diretora de
Recursos Humanos da Santa Casa, Juliana Valdivieso, reforçou a importância da
campanha e o motivo pelo qual a instituição decidiu adotá-la. “O que queremos é
que o ambiente de trabalho seja caracterizado pela urbanidade, educação e
tranquilidade para os nossos profissionais. Eles já trabalham sob pressão,
lidando com pacientes que sentem dor, têm pressa ou medo de um diagnóstico.
Precisamos garantir que o profissional tenha um ambiente tranquilo para poder
cuidar”, destacou.
Juliana
enfatizou que a campanha é, antes de tudo, uma política organizacional que visa
proporcionar aos colaboradores um ambiente de trabalho harmonioso e sem
pressões indevidas.
Para assegurar
que todos compreendam o que constitui assédio, a cartilha foi elaborada com a
ajuda de Jéssica Cíntia, psicóloga organizacional da Santa Casa. Ela é
responsável por visitar os setores, distribuir o material e esclarecer dúvidas
dos funcionários.
A campanha vem
em um momento que Santa Casa de Araçatuba está empenhada em fazer com que todos
os seus colaboradores compreendam e respeitem as diretrizes estabelecidas na
cartilha.
Juliana
explicou que, além da distribuição inicial para os atuais 1.760 funcionários, a
cartilha também é apresentada a todos os novos contratados durante o processo
de integração. “Assim, quando o novo profissional é contratado, ele já recebe
essas orientações”, disse.
A psicóloga
Jéssica Cíntia destacou que a cartilha não é apenas um documento entregue aos
colaboradores, mas uma ferramenta de educação continuada. “Nós queríamos essa
cartilha já há algum tempo, e agora estamos distribuindo. O objetivo é
conscientizar os colaboradores em relação às condutas dentro do hospital,
incluindo as regras e as questões de assédio moral e sexual. Isso ainda gera
muita dúvida entre os colaboradores, então usamos a cartilha para
conscientização”, afirmou.
A cartilha,
segundo Jéssica, descreve tanto o assédio moral quanto o sexual, fornecendo
exemplos concretos de situações que podem ser consideradas assédio, como piadas
inapropriadas ou mensagens com segundas intenções. “Orientamos os colaboradores
a lerem a cartilha e procurarem atendimento psicológico, se necessário. Eles
podem falar comigo diretamente, com a chefia, ou usar a ouvidoria”, explicou.
Canais de denúncias
Como parte da
ação, a Santa Casa de Araçatuba intensificou a divulgação de canais de
denúncias de assédio. Juliana Valdivieso explicou que a ouvidoria do hospital
está preparada para receber queixas de assédio, e que a própria psicóloga
organizacional, Jéssica, está à disposição para atender casos individualmente.
A presença de
um canal de denúncia bem definido é fundamental para garantir que os
colaboradores se sintam seguros para relatar casos de assédio sem medo de
retaliações. Essa abordagem promove um ambiente de trabalho mais seguro e acolhedor
e fortalece a cultura organizacional baseada em respeito e dignidade.