Segue
internado o bebê de seis meses que foi atendido com uma série de fraturas, em
Limeira. O pai, de 30 anos, que se declarou usuário de drogas, foi preso em
flagrante ao confessar o espancamento.
A promotora da Infância e
Juventude de Limeira, Aline Moraes, pediu acolhimento da criança quando ela se
recuperar. "Tão logo o Ministério Público soube do grave caso envolvendo o
bebê de apenas seis meses de idade, foi pedido o acolhimento institucional tão
logo ele saia do hospital. Assim, ele vai ficar protegido de eventuais
agressões ou maus-tratos em um primeiro momento", explicou.
Ela detalhou que ele será levado
a uma instituição acolhedora, "uma casa-lar em Limeira, em que há poucas
crianças". O próximo passo é a procura pela família extensa da criança,
que são parentes próximos, como avós, tios, primos e outros, o que já está
sendo feito.
O pai do bebê disse que agrediu o
filho porque a criança não parava de chorar na madrugada de segunda para
terça-feira.
O bebê está internado na Santa
Casa da cidade em estado grave, onde deu entrada com fraturas nos braços, fêmur
e costela, além de perfuração no pulmão, hematomas e até queimaduras. Ele
passará por uma série de cirurgias assim que seu estado de saúde melhorar.
Segundo divulgou o G1,
o suspeito foi até o Hospital Humanitária de Limeira e, ao apresentar o filho
para atendimento, alegou que a criança teria caído da cama durante a noite,
enquanto dormia sobre a sua barriga.
O bebê foi transferido para a
Santa Casa. Os exames feitos no bebê no pronto-socorro, porém, apontaram que a
criança tinha fraturas pelo corpo, além de escoriações e hematomas. Depois
disso, o pai confessou que agrediu o filho pelo simples fato de a criança
chorar muito.
"A equipe médica que atendeu
o bebê constatou que os ferimentos não eram compatíveis com uma queda, mas sim
com sinais de agressão física. Após ser confrontado pelos guardas, o pai acabou
confessando que agrediu a criança devido ao choro constante", relatou a
corporação.
Ainda segundo a Guarda, o homem
tentou resistir à prisão. A criança está internada da Unidade de Tratamento
Intensivo (UTI) da Santa Casa da cidade.
A mãe
do bebê também é dependente química e acabou abandonando o filho para viver nas
ruas.
O Conselho Tutelar foi até a casa
onde os pais da criança moravam e constatou que o imóvel pertence a um amigo do
suspeito, que teria cedido a residência para eles morarem sem custo.