A Polícia
Civil indiciou três homens acusados de envolvimento no assassinato de Suelem
Cristina Viveiros, de 33 anos, cujo corpo foi encontrado em uma cova rasa em
estado avançado de decomposição, mas com sinais evidentes de morte violenta.
O crime
aconteceu em Catiguá, município com pouco mais de 7,8 mil habitantes, na região
de São José do Rio Preto.
Foram acusados
do assassinato o ex-marido da vítima, Rodney Aparecido Argentino Júnior, o
dentista Francis de Azevedo Vallejo, que atraiu a mulher até o barracão onde
ela foi morta, e Israel Lima Limeira, proprietário do local, que responde por
tráfico de drogas. O trio está preso temporariamente.
O corpo da
vítima, que estava desaparecida desde 9 de junho, foi localizado no dia 28 de
julho, no barracão em Catiguá, onde ela também foi assassinada com “pelo menos”
seis golpes de machado na cabeça, segundo o ex-marido. Os ferimentos mais
profundos foram feitos no rosto.
De acordo com
a polícia, Rodney confessou o crime, após análises periciais no celular dela
mostrarem ligações entre os dois. Ele disse que a matou por ciúmes. Em troca da
ajuda para cometer o assassinato, Rodney deu pedras de crack a Israel e
Francis.
A investigação
concluiu que Francis, que também estava no barracão, atraiu a vítima até o
local em troca de droga, bem como ajudou Rodney a cavar um buraco para enterrar
o corpo.
À polícia,
Francis confessou que é usuário de crack e conhecia Suélem. Contudo, ele nega a
participação no crime. Francis foi preso no dia 8 de agosto, no bairro Boa Vista
em São José do Rio Preto.
Israel, por sua vez, que tem uma casa ao lado do local, presenciou a cena e teve participação impedindo que pessoas se aproximassem. Durante a investigação, ele foi preso em flagrante após a polícia encontrar tabletes de cocaína, maconha e crack no barracão. Ele ainda confessou que sabia que Suelem era ex-mulher de Rodney e estava desaparecida, mas negou o envolvimento.
Desaparecimento
Segundo o
boletim de ocorrência, Suelem saiu de casa por volta das 18h no dia 9 de junho,
usando um vestido vermelho, mas não retornou para casa. O carro usado por ela
foi encontrado abandonado no dia seguinte, sem as chaves.
Os familiares
suspeitaram que tinha algo errado depois que a mulher parou de enviar mensagens
e comunicaram o desaparecimento à polícia no dia 12 de junho.
Suelem tinha
medida protetiva contra o ex, que constantemente invadia a casa dela e a
agredia, segundo a família. A mulher deixou dois filhos, sendo um de seis
meses.