As duas explosões de bombas ocorridas na noite dessa quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), serão investigadas pela Polícia Federal como ataque terrorista, tendo como base a Lei Antiterrorismo, de 2016, que define como ato de terrorismo "usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa".
As explosões aconteceram no
estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados e em frente do Supremo
Tribunal Federal (STF), esta resultando na morte de Francisco Wanderley Luiz,
autor dos ataques.
O homem tinha residência fixa em
Rio do Sul, em Santa Catarina, onde se candidatou a vereador pelo PL em 2020.
De acordo com a PF, ele tinha alugado "há vários meses" uma casa em
Ceilândia, a cerca de 30 quilômetros do local das explosões. No imóvel, foram
achados explosivos do mesmo tipo usado na Praça dos Três Poderes.
Além do inquérito de terrorismo
aberto pela PF, a Polícia Civil do DF também abriu uma investigação sobre o
caso. "O que justifica o inquérito para apurar o ataque terrorista é
justamente o cunho político desse ato. Já concluímos a varredura por parte da
PF no local onde houve a explosão", disse a PF.
Antes da explosão em frente ao
STF, Francisco Wanderley Luiz tentou entrar no prédio. Ele jogou um explosivo
embaixo da marquise do edifício, mostrou a um vigilante que tinha artefatos
presos ao corpo, deitou-se no chão e acionou outro explosivo na nuca.
Ainda não foram esclarecidos quem
eram os alvos das explosões, nem qual era a motivação do crime. As forças de
segurança tentam descobrir se há mais pessoas ligadas aos ataques.
Corpo de Francisco Wanderley Luiz é observado por servidores e policiais; ele prendeu explosivos no corpo, deitou no chão e aguardou a explosão (foto:Agência Brasil)