A atriz Fernanda
Torres, 59, foi oficialmente indicada nessa segunda-feira (9) ao Globo de Ouro
por seu papel como Eunice Paiva, no longa-metragem Ainda Estou Aqui.
A indicação
acontece 25 anos depois de a mãe dela, Fernanda Montenegro, hoje com 95 anos,
ter recebido o mesmo reconhecimento da Academia de Imprensa Estrangeira em
Hollywood.
Ainda Estou Aqui também concorre na
categoria de melhor filme em língua estrangeira. A cerimônia de divulgação
e entrega do Globo de Ouro acontece no dia 5 de janeiro, em Beverly Hills,
Califórnia (EUA).
Por
coincidência, o filme é dirigido por Walter Salles, o mesmo diretor de Central
do Brasil, o filme que em 1999 levou Fernanda Montenegro à concorrer ao Oscar.
Há algumas
semanas, a renomada Variety já tinha colocado Fernanda Torres no radar da academia
como uma das apostas para o prêmio. Ao lado dela, a revista norte-americana
listou nomes como Angelina Jolie pelo filme Maria; Nicole Kidman por Babygirl;
Tilda Swinton por O Quarto ao Lado; Pamela Anderson por The Last Showgirl;
e Kate Winslet por Lee.
Ao contrário
do Oscar, que divide as categorias em comédia/musical e drama, com apenas seis
nomes em cada gênero, o Globo de Ouro indica 12 atrizes e 12 atores, o que
aumenta as chances de a representante brasileira ser consagrada e ‘trazer o
ouro’ para casa.
Dirigido por
Walter Salles, Ainda Estou Aqui é uma adaptação do livro biográfico de Marcelo
Rubens Paiva. Na obra ele narra como seu pai, Rubens Paiva, um deputado
federal, foi preso e morto durante a ditadura militar no Brasil, em 1971, no
Rio de Janeiro.
Antes mesmo da
estreia, o longa tem feito sucesso no circuito de festivais de cinema,
conquistando algumas honras no exterior. No domingo (8), por exemplo, Fernanda
Torres ficou em segundo lugar em um prêmio dado pela Associação de Críticos de
Los Angeles. A brasileira perdeu apenas para Demi Moore, protagonista de A
Substância.
No Brasil, o
sucesso se repete. Com apenas um mês de circulação nos cinemas, o longa já
faturou mais de R$ 49,1 milhões e alcançou um público de mais de 2,3 milhões de
pessoas, além de ter vendido 2,3 milhões de ingressos em salas de todo o país.
A obra, que
estreou no dia 7 de novembro, ultrapassou Minha Irmã e Eu, que arrecadou R$
43,65 milhões em 2023. É o maior registro de público após o período de
pandemia.