Uma criança do sexo masculino, de 3 anos, chegou já morta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Anchieta, em Campinas (SP), nesse domingo (16), e seu corpo apresentava diversos hematomas, com lesões compatíveis com violência doméstica e sexual, segundo a Polícia Civil. O padrasto do garoto, de 29 anos, foi preso por estupro de vulnerável resultante na morte da vítima.
Em depoimento,
o suspeito negou ter cometido qualquer violência contra o enteado. A criança,
desfalecida, foi levada à unidade de saúde por um vizinho, que é policial. Ao
perceber a situação da vítima, a equipe de atendimento da UPA acionou a Guarda
Municipal.
O padrasto
também foi à UPA. A mãe do menino, que estava trabalhando em um supermercado,
foi chamada ao local. Os guardas verificaram que o homem havia ficado sozinho
em casa com o menino e uma irmã dele, de 10 anos.
A menina,
inclusive, foi quem pediu ajuda aos vizinhos. Ela saiu na rua e gritou que o
irmão estava passando mal. Em nota, a Prefeitura de Campinas disse que a
criança deu entrada na UPA já "em parada cardiorrespiratória e o corpo foi
encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML)".
No depoimento
que deu à Polícia Civil, o suspeito disse que o menino começou a passar mal
enquanto assistia TV. Ele afirmou ainda que, em seguida, deu banho no garoto e
ele perdeu os sentidos. A partir disso, o homem ligou para o Corpo de Bombeiros
relatando que a criança tinha engasgado.
Apesar do
depoimento, a Polícia Civil considerou o relato da equipe médica da UPA que
identificou as lesões. O padrasto foi levado à 2ª Delegacia de Polícia de
Defesa da Mulher. Ele já tinha passagem por tráfico de drogas.
A Polícia
Civil solicitou perícia na casa. No local, foram apreendidas roupas do garoto
com amostras de sangue, além de pertences do suspeito.