PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARARAPES

Jornal O Impacto - Guararapes e Região

Guararapes teve sete contaminados pelo HIV em 2023

 

- Ediwilson dos Santos –

 

                O Departamento de Saúde da Prefeitura de Guararapes divulgou, com exclusividade para o Jornal O Impacto, os números atualizados do HIV/Aids no município.

                Em 2023, o município registrou o maior número de infecções, com sete casos, seguido de 2022 e 2020, ambos com seis notificações positivas para o HIV.

                Desde que a epidemia de HIV/Aids passou a ser oficialmente registrada no mundo, em 1980, até 2024, 112 guararapenses contraíram o vírus, sendo 72 homens e 40 mulheres.

                Neste mesmo período, 33 moradores da cidade morreram vítimas de doenças oportunistas, ocasionadas pela diminuição da capacidade imunológica causada pelo HIV.

                As faixas etárias mais contaminadas pelo vírus foram pessoas jovens, entre 25 e 39 aos, seguidos de pacientes com idades de 40 a 59 anos.

                Os números informados pelo DS de Guararapes são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). 


HISTÓRICO

                Os primeiros casos de Aids no mundo aconteceram em 1977, no Haiti, África Central e Estados Unidos, e foram relatados inicialmente como uma pneumonia grave. Quatro anos depois, em 1981, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA publicou um relatório sobre as mortes de cinco homens por uma síndrome desconhecida, que causava emagrecimento rápido, pneumonia e, em alguns casos, um tipo raro de câncer, o sarcoma de Kaposi.

                O causador dessa síndrome, o HIV (vírus da imunodeficiência humana), só foi isolado em 1983. A descoberta intrigou especialistas de todo o planeta, já que se tratava de um vírus presente apenas em macacos.

                Por atacar diretamente o sistema de proteção natural do organismo, a agravante do HIV recebeu o nome de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, doença que ficou mundialmente conhecida pela sua sigla em inglês: Aids.

                A Aids, a partir de então, se transformou na mais mortal pandemia da história moderna e, devido à ignorância da época, causou talvez a maior onda planetária de homofobia da humanidade, porque a maioria dos casos notificados eram de homossexuais, que mais tarde se entendeu, eram os mais suscetíveis à doença por terem vários parceiros simultaneamente e por fazerem sexo sem proteção.

                Somente depois de uma campanha internacional massiva de conscientização sobre o HIV/Aids é que as pessoas passaram a reconhecer que a infecção pode atingir a todos, sem distinção de sexo, cor, idade, nível social ou cultural.

 

TRATAMENTO

                Por quase 10 anos, o diagnóstico de HIV+ foi um atestado de óbito para as pessoas infectadas. Mas no início dos anos 90, uma nova droga trouxe esperança para os pacientes: o AZT.

Atualmente, com a evolução dos fármacos e dos tratamentos médicos especializados, uma pessoa diagnosticada com o HIV pode levar uma vida normal, sem o pavor da morte à espreita, desde que respeitando as recomendações médicas.

Os testes para detecção do HIV e de outras IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis) podem ser feitos diariamente no serviço público de saúde, gratuitamente – assim como é o tratamento.

Desde 1980, 35 milhões de pessoas já morreram de Aids no mundo.

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