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Ex-presidente Collor é preso por corrupção e lavagem de dinheiro

 

O ex-presidente Fernando Collor, de 75 anos, foi preso pela Polícia Federal, às 4h desta sexta-feira (25), no Aeroporto de Maceió (AL). A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Collor foi condenado a 8 anos e 11 meses de prisão pelo esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na empresa de combustíveis BR Distribuidora, atual Vibra Energia.

O STF entendeu que o ex-presidente recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.

O ex-presidente teria sido ajudado pelos empresários Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos e Luis Pereira Duarte de Amorim, condenados, respectivamente, a 4 anos e 1 mês de reclusão, em regime inicial semiaberto, e a penas restritivas de direitos.

O crime por qual o ex-presidente foi condenado aconteceu entre 2010 e 2014. A denúncia foi apresentada, inicialmente, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em agosto de 2015, no âmbito da Lava Jato, a partir da delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC. Em 2023, Collor foi condenado pelo STF. A decisão era passível de recursos e, por isso, Collor não foi preso. 

Em novembro do ano passado, o STF rejeitou recursos apresentados pelo ex-presidente e manteve a condenação definida pela corte. Na quinta-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes rejeitou um segundo recurso da defesa e determinou a prisão imediata do ex-presidente.

Além da prisão, Collor ainda deve indenizar a União em R$ 20 milhões e pagar uma multa. O ex-presidente está proibido de exercer cargo público por prazo equivalente ao dobro da pena, ou seja, por 17 anos e 8 meses.

Hoje, às 11h, iniciou uma sessão no plenário virtual do STF, em que os ministros decidiriam se manteriam ou revogariam a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Mas Gilmar Mendes pediu destaque e a análise deixou o plenário virtual e irá para o físico, em data ainda a ser definida. 

Collor foi o 32° presidente do Brasil e o primeiro eleito democraticamente, em 1990, depois de 21 anos de governo militar. Em 1992 ele acabou renunciando enquanto respondia a um processo de impeachment aprovado pelo Senado. Depois disso, foi senador por Alagoas, de 2007 até 2023.

Antes de Collor, Lula e Michel Temer também foram ex-presidentes presos por crimes cometidos durante seus respectivos governos.

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